Nova Kawasaki Z 900 2021 traz mais eletrônica

Notícia

Nova geração da Z 900, equipada com motor de quatro cilindros em linha, incorpora eletrônica e ajustes no visual, mas mantém a agressiva identidade naked

Depois de apresentar mundialmente o novo modelo naked Z 900 durante o Salão de Milão de 2019, na Itália (que terminou no dia 10 de novembro), a Kawasaki do Brasil, em esforço de sincronia, também mostrou a motocicleta durante o Salão Duas Rodas de 2019, em São Paulo, apenas nove dias depois. Porém, o lançamento oficial no Brasil só foi feito quase uma gestação depois, em julho de 2020, pela internet, seguindo os protocolos da pandemia.

Entretanto, a nova Z 900 incorpora atualizações no visual, que não descaracterizam sua reconhecida identidade, e também no motor, que passa a contar com um extenso pacote eletrônico.

A linha “Z” da Kawasaki nasceu em 1972 com o lançamento do modelo Z1, equipado com o mais potente motor de quatro cilindros em linha da época, que fornecia 82 cv. A moto assombrou o mundo de tal forma que a Kawasaki reeditou o clássico modelo em 2017, agora rebatizado de Z 900 RS (também comercializado no Brasil), com visual semelhante à original, mas com tecnologia atual e exatamente o mesmo conjunto mecânico da Z 900.

Passado quase meio século, os dois modelos, entretanto, seguem caminhos diferentes. A nova Z 900 está em um segmento chamado de super naked, mais esportiva, estilo guerreira urbana, ou “street fighter”

Tecnologias da Kawasaki Z 900

A nova geração da Kawasaki Z 900 ganhou um novo conjunto de iluminação totalmente em LED, com bloco dos faróis mais recortados e agressivos, assim como as aletas laterais do tanque e nova traseira minimalista, dentro do conceito que a marca chama de Sugomi. A lanterna de freio, no entanto, conserva a marca “Z” estilizada que caracteriza os modelos atuais da família.

O painel agora é em tela TFT de 4,3 polegadas (10,9 cm), que pode ter fundo escuro ou branco, e três níveis de luminosidade regulados pelo piloto. Além das funções de praxe, como velocímetro, hodômetros total e parciais, conta-giros, indicador do nível de combustível e de marcha engatada e relógio de horas, conta com o computador de bordo e a luzinha regulável “shift light”, que indica o momento mais apropriado de trocar as marchas.

O painel também pode ser espelhado ao celular, via Bluetooth ou através do aplicativo (da Kawasaki) Rideology. O equipamento acessar o histórico da moto, dados de pilotagem, notificações, navegação, etc, incluindo mapas de acerto para tocadas em track days.

Câmbio, suspensão e freios da Kawasaki Z 900

O câmbio tem seis marchas, com embreagem assistida e deslizante, o que torna o acionamento mais leve, e as reduções, mais seguras, sem risco de travamento da roda traseira.

A suspensão dianteira é invertida, com tubos de 41 mm de diâmetro e 120 mm de curso, com regulagens na pré-carga, compressão e retorno. A suspensão traseira é do tipo mono, disposta quase horizontalmente, com regulagens na pré-carga e retorno e curso de 140 mm.

O freio dianteiro conta com dois discos estilo margarida de 300 mm com pinça Nissin de quatro pistões. Atrás, um disco de 250 mm com pinça de um pistão, ambos com ABS.

O quadro do tipo diamond, com o motor fazendo parte da estrutura para reduzir peso e aumentar a rigidez, é em tubos de aço com arquitetura em treliça. O peso da  Kawasaki  Z 900 já abastecida, pronta para rodar, é de 212 kg.

Motor é maior do que parece

Curiosamente, o motor de 948 cm3 é “arredondado” para baixo, com o número 900 em sua designação, quando normalmente as fábricas fazem exatamente o contrário. Os motores de cilindrada menores são “arredondados” para cima, gerando números mais “atraentes”. Com isso, parte em ligeira “vantagem: é uma “900”, com 948 cm3.

O artifício não é determinante, mas, permite que a fábrica rotule seu motor como o mais potente da categoria. Os quatro cilindros em linha entregam 125 cv a 9.500 rpm e um torque de 10,1 kgfm a 7.700 rpm.

A eletrônica, porém, permite um amplo aproveitamento da cavalaria. São três níveis de controle de tração, sendo o nível 1 o menos atuante, que permite uma condução mais esportiva, e o nível 3 mais intrusivo, além da possibilidade de desligar o recurso. A potência também pode ser modulada na posição Low, com 55% da capacidade para pilotagem mais progressiva e Full, com 100% da tropa.

A eletrônica igualmente permite quatro mapas de motor pré-estabelecidos: Sport, Road, Rain e Rider. O modo Rider possibilita combinar livremente os níveis de controle de tração e de potência, inclusive durante a pilotagem, com um seletor no punho esquerdo, personalizando o tipo de tocada.

Simulador Consórcio Kawasaki.