Por um Brasil com mais clássicas, de diferentes marcas e tamanhos, nós votamos sim! Desse modo, a Kawasaki W800 é mais uma moto que gostaríamos de ver no Brasil, rodando suavemente com seu estilo sessentista por ruas, rodovias e despretensiosos passeios.
Aqui, ela seria mais uma opção dentro do aquecido segmento de clássicas, que faz um lento e progressivo movimento de crescimento nos últimos anos.
Não espere da Kawasaki uma ‘clássica disfarçada’, repleta de aparatos tecnológicos. Na verdade, seu trunfo é justamente apostar no motopurismo, remetendo imediatamente aos modelos anos 1960 – especialmente à W1, primeira motocicleta da família W, lançada em 65.
Assim, sua construção se destaca por elementos como chassi tubular de berço duplo em aço e suspensão traseira com dois amortecedores. Desse modo, o conjunto é movido por um motor de dois cilindros paralelos, arrefecidos a ar, que entregam torque desde as baixas rotações sem se preocupar em gerar números expressivos de potência máxima.
Dessa forma, o torque máximo de 6,4 kgf.m da W800 está disponível já aos 4.800 rpm. O pico de potência, por sua vez, vem aos 6.000 rpm, ao produzir 48 cv. O câmbio é de cinco marchas.
Além disso, quem preferir pode optar pelas variações do modelo, que racionam o uso do cromo. A W800 Cafe tem visual cafe racer, com guidão baixo, assento para apenas uma pessoa e uma carenagem em torno do farol. Já a Street aposta no visual discreto, cobrindo cromados com preto, dando destaque apenas ao escapamento. Todas compartilham o mesmo painel, com dois relógios e ponteiros.
Por fim, a tecnologia marca presença apenas no que hoje é essencial. Farol em LED, freios ABS e embreagem assistida e deslizante, com funcionamento suave ao manete ao tempo que também evita que a roda traseira trave mesmo em frenagens bruscas.
Como dito, no Brasil a Kawa W800 encontraria um aquecido mercado de clássicas. Apesar de ainda representar uma fração pequena na alta cilindrada, o nicho tem crescido gradativamente. Passou de 397 motos emplacadas em 2015 para 1.552 no ano passado.
Atualmente a Triumph é quem mais aposta no segmento. Sua gama inicia com a Street Twin (com preço de sugerido de R$ 40.300) e vai até a Thruxton 1200 R (R$ 58.800), passando pelas T100 e 120, scrambler, bobber, cafe racer. Além disso, a Royal Enfield apresenta modelo mais acessíveis, com preços abaixo dos R$ 30 mil, com três opções de motorização e várias outras de estilo.
Nos Estados Unidos, por exemplo, a W800 é vendida por aproximadamente 9.199 dólares, algo próximo de R$ 47 mil – valor que não é absurdo se considerarmos a desvalorização da moeda local neste momento. Talvez o modelo possa ser mais um oferecido pela japonesa no Brasil em breve. Nossos votos estão feitos.
